A tragédia recente em Petrópolis, cidade da região serrana do Rio de Janeiro, evidencia a vulnerabilidade do Brasil quando o assunto é a questão ambiental. Por causa de chuvas torrenciais que caíram na região, houve enchentes, transbordamento de rios e deslizamentos em áreas de risco ocupadas. Centenas de construções foram destruídas e dezenas de veículos, com e sem passageiros, foram arrastados pelas enxurradas. Mais de 200 pessoas morreram.
Entre o fim do ano passado e começo deste ano, chuvas torrenciais também causaram destruição e mortes na Bahia, em Minas Gerais e no Espírito Santo.
Catástrofes naturais têm sido cada vez mais frequentes no nosso país. Elas estão diretamente associadas a questões climáticas e, por mais que elas sejam imprevisíveis, algumas medidas poderiam ser tomadas para evitar esse tipo de ocorrência.
Prevenção
O Brasil, no entanto, tem falhado nesse quesito, como aponta o advogado criminalista e conselheiro da ONG Human Rights, que defende os direitos humanos, Augusto de Arruda Botelho:
“O Governo Federal tirou e muito o investimento na prevenção de desastres naturais. Não só nesta gestão. Nos últimos dez anos, o investimento em prevenção de desastres naturais tem caído. Em 2013 esse valor era de R$ 3.5 bilhões. Em 2021 esse valor caiu para R$ 1.1 bi. Ou seja: foi uma queda muito grande. Então, por mais que fatores naturais, evidente, sejam muito importantes, há uma série de maneiras, através de investimentos e de políticas públicas como, por exemplo, com drenagem de solo, políticas habitacionais que retirem e realoquem famílias em locais de risco. Que podem não resolver, mas pelo menos minimizar bastante o impacto dessas tragédias ambientais”.
Apesar de não ser um problema recente, Augusto Botelho diz que a atuação do governo brasileiro em relação às questões ambientais piorou muito na atual gestão e há reflexos, inclusive, na economia do nosso país.
A recente tragédia que ocorreu em Petrópolis é considerada a maior da história da cidade. O município, que foi endereço oficial da monarquia brasileira, já tinha sido atingido por temporais semelhantes em 1988 e em 2011.
Com informações da "Rádio2"
Comments