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Sobrecarga de trabalho na pandemia afetou mais os negócios de mulheres


Pressões ligadas à pandemia forçaram muitas mulheres a abandonarem o empreendedorismo (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)

O Brasil perdeu em 2021 um milhão de empreendedores em relação a 2020, quando começou a pandemia. Somando os dois anos de restrições para conter o avanço das contaminações, foram mais de 11 milhões a menos. O impacto foi sentido principalmente entre jovens e mulheres. É o que aponta a Pesquisa Global de Empreendedorismo divulgada nesta quinta-feira (24) pelo Sebrae.



Segundo o presidente da entidade, Carlos Melles, esse impacto aconteceu mesmo com as iniciativas de apoio às microempreendedoras, a exemplo do programa "Sebrae Delas". Melles atribui a redução das mulheres com o próprio negócio ao excesso de carga, durante a pandemia.


“A mulher na pandemia foi muito exigida. Teve que voltar dentro de casa para cuidar da casa. O home-office fez isso. Elas passaram a não ter apoio de domésticas, de quem ajudava. Virou a dona de casa, virou a mãe, virou a educadora, virou zeladora de pais, sogro ou sogra e outros idosos. Isso reduziu de 50% para 45.6% o empreendedorismo feminino”.

Os dados apontam 43 milhões de brasileiros empreendendo no ano passado, que correspondem a pouco mais de 30% da população adulta brasileira, a menor taxa total do país nos últimos nove anos.


O estudo foi realizado em cerca de 50 países durante o ano passado. Apesar da redução no número absoluto, o número de empreendedores brasileiros à frente de um negócio com mais de três anos e meio (chamados “estabelecidos”) cresceu para quase 10% em 2021: uma das poucas taxas positivas no levantamento.


Necessidade


Outro dado de destaque é a porcentagem de pessoas que abriram um negócio por necessidade: no total do país, quase 49% era de pessoas que abriram um negócio no ano passado. Enquanto isso, no ano anterior passava dos 50%.


Mesmo com a rápida redução, esse foi o terceiro maior índice registrado. O Brasil encerrou 2021 com 12 milhões de desempregados. Isso também gerou a necessidade de as pessoas buscarem alternativas de sobrevivência. No entanto, Carlos Melles destaca que quem quer seguir com o próprio negócio precisa se formalizar para adquirir garantias trabalhistas.


“A vantagem de quando você se formaliza é que não tem essa precariedade. Você entra no SUS, tem auxílio maternidade, auxílio funeral, aposenta por tempo, tem todas as garantias trabalhistas e sociais”.

Entre os empreendedores em fase inicial, a queda de 21% foi registrada principalmente entre os jovens e as mulheres. Do total de pessoas que abriram um negócio há menos de três anos e meio (os chamados “iniciais”) 57% ganham menos de três salários mínimos.


A pesquisa global estima que existam 43 milhões de adultos com um negócio formal ou informal ou que fizeram alguma ação em 2021 buscando abrir um negócio no futuro. Em 2020, eram 44 milhões. E em 2019, ainda sem pandemia, o Brasil possuía mais de 53 milhões de empreendedores.


Com informações da "Rádio Nacional"

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